17 fatores de risco que aumentam as chances de AVC, demência e depressão no final da vida
- Priscila Emery
- 5 de jun.
- 2 min de leitura

Prevenir doenças neurológicas no envelhecimento pode ser mais simples do que parece. Um estudo recente publicado no Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry revelou que 17 fatores de risco modificáveis são compartilhados por AVC, demência e depressão no final da vida. A descoberta reforça a importância da prevenção para reduzir a carga de doenças neurológicas na terceira idade.
Os pesquisadores, liderados por Jasper Senff, do Hospital Geral de Massachusetts, analisaram dados de 59 metanálises para identificar fatores de risco sobrepostos entre essas três condições. Usando a métrica DALY (anos de vida ajustados por incapacidade), eles conseguiram medir o impacto relativo de cada fator no risco de desenvolver essas doenças.
Entre os fatores de risco mais relevantes estão: consumo excessivo de álcool, pressão arterial elevada, índice de massa corporal (IMC) alto, glicose plasmática em jejum elevada, colesterol total elevado e dieta inadequada. Outros fatores incluem perda auditiva, dor crônica, distúrbios do sono, sintomas depressivos, tabagismo, isolamento social, baixa atividade cognitiva no tempo livre, função renal comprometida, sedentarismo, exposição a poluentes e estresse crônico.
Segundo os autores do estudo, essas três doenças — AVC, demência e depressão — são condições interligadas, o que significa que desenvolver uma delas aumenta o risco de desenvolver as outras. A boa notícia é que a maioria dos fatores de risco identificados pode ser modificada com mudanças de estilo de vida e acompanhamento médico.
Do ponto de vista da saúde pública, essa descoberta tem grande valor. Intervenções focadas nesses fatores podem prevenir simultaneamente múltiplas doenças cerebrais associadas ao envelhecimento. Isso representa uma oportunidade concreta de melhorar a qualidade de vida da população idosa e reduzir os custos com tratamentos a longo prazo.
Outro ponto de destaque é a perda auditiva, um fator de risco frequentemente subestimado. O estudo mostrou que ela tem impacto significativo no risco combinado dessas três condições. A recomendação é que adultos mais velhos façam avaliações auditivas regulares e, quando necessário, utilizem aparelhos auditivos adequados.
Além disso, manter uma rotina saudável é essencial. Praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação balanceada, dormir bem, evitar o consumo de álcool e cigarro, e cultivar relacionamentos sociais são medidas comprovadas para preservar a saúde mental e cerebral ao longo da vida.
Em resumo, identificar e modificar fatores de risco ao longo da vida pode reduzir drasticamente as chances de desenvolver AVC, demência e depressão na terceira idade. Quanto mais cedo essas mudanças forem feitas, maiores são os benefícios.
Se você quer envelhecer com saúde, comece hoje a cuidar do seu corpo e da sua mente. Mudanças simples podem proteger seu cérebro no futuro e garantir uma vida mais longa e com qualidade.
Comments