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A importância da adesão a consultas neurológicas para o tratamento da esclerose múltipla

Priscila Emery

Pacientes de esclerose múltipla que não comparecem às consultas têm 5 vezes mais chances de interromper o tratamento no ano seguinte
Pacientes de esclerose múltipla que não comparecem às consultas têm 5 vezes mais chances de interromper o tratamento no ano seguinte


A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, exigindo um acompanhamento médico rigoroso e contínuo. Um elemento crucial para o manejo eficaz da condição é a adesão às terapias modificadoras da doença (DMTs), que ajudam a reduzir o risco de recidivas, agravamento da doença e a progressão dos sintomas. No entanto, um estudo recente revelou que a falta de comparecimento às consultas médicas pode impactar diretamente a continuidade do tratamento com DMTs, evidenciando a necessidade de estratégias para minimizar as consultas perdidas.


O papel das consultas no sucesso do tratamento

O acompanhamento regular em clínicas neurológicas é essencial para monitorar o progresso da doença, ajustar tratamentos e tratar possíveis complicações. Este estudo, realizado com 3.742 veteranos diagnosticados com EM, revelou que pacientes que perderam consultas (seja por não comparecimento ou por cancelamentos de última hora) apresentaram maior probabilidade de interromper o uso de DMTs no ano seguinte.

Os principais achados incluem:


  • Taxa de não persistência ao DMT: Pacientes que não compareceram às consultas tinham 5 vezes mais chances de interromper o tratamento no ano seguinte.

  • Cancelamentos de curto prazo: Também foram associados a uma maior probabilidade de descontinuidade do DMT, reforçando a importância de comparecer às consultas agendadas.


Impacto da não comparecimento no tratamento

Quando as consultas são perdidas, ocorre uma interrupção no cuidado médico, o que pode levar a:


  1. Descontinuação prematura do DMT: Sem o monitoramento necessário, muitos pacientes interrompem o tratamento sem orientação adequada.

  2. Piora dos sintomas: A falta de adesão ao DMT aumenta o risco de novas lesões, recidivas e agravamento da incapacidade funcional.

  3. Dificuldade no manejo de comorbidades: A EM frequentemente está associada a outras condições médicas que também exigem monitoramento regular.


Como minimizar consultas perdidas e garantir a continuidade do cuidado?

Para melhorar a adesão ao tratamento, é fundamental adotar medidas que garantam o comparecimento dos pacientes às consultas, incluindo:


  1. Engajamento dos serviços sociais: Profissionais de assistência social podem ajudar pacientes a superar barreiras como transporte, custos ou falta de informação sobre a importância do acompanhamento médico.

  2. Contato proativo: Ligar ou enviar mensagens para lembrar os pacientes das consultas pode reduzir o número de faltas.

  3. Apoio interdisciplinar: Enfermeiros e outros profissionais de saúde aliados podem atuar como pontos de apoio para garantir que os pacientes compreendam a importância do tratamento.

  4. Telemedicina: Consultas remotas podem ser uma alternativa viável para pacientes com dificuldade de deslocamento ou em áreas remotas.


Conclusão: a adesão às consultas é fundamental

Este estudo reforça a importância de comparecer regularmente às consultas neurológicas para manter a eficácia do tratamento da esclerose múltipla. A falta de comparecimento está diretamente associada à interrupção das terapias modificadoras da doença, o que pode ter consequências graves para a saúde do paciente.


Estratégias de suporte, como engajamento de serviços sociais e uso de tecnologias de comunicação, são indispensáveis para garantir que os pacientes tenham acesso contínuo ao cuidado necessário. Assim, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde devem trabalhar juntos para promover a adesão ao tratamento, melhorando os resultados e a qualidade de vida dos pacientes com EM.


Se você ou alguém que você conhece enfrenta dificuldades para comparecer às consultas, procure ajuda para identificar soluções que garantam a continuidade do cuidado. O acompanhamento regular pode fazer toda a diferença no manejo da esclerose múltipla.

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