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Priscila Emery

Dança de salão como intervenção terapêutica para pessoas com esclerose múltipla: benefícios e experiências


Dança de salão pode ser uma ótima aliada para pacientes de esclerose múltipla


A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central e pode causar uma ampla gama de sintomas, como fadiga, dor, espasticidade, comprometimento motor, dificuldades cognitivas, disfunção sexual e vesical, além de problemas de equilíbrio. Embora os benefícios do exercício físico para pessoas com EM sejam amplamente documentados, a adesão a essas atividades ainda é um desafio. Nesse contexto, novas alternativas de intervenção, como a dança de salão, têm ganhado espaço por proporcionar benefícios físicos, psicológicos e sociais.


Benefícios da dança de salão para pessoas com esclerose múltipla

Um estudo qualitativo recente analisou as experiências de 13 indivíduos com EM que participaram de uma intervenção de dança de salão. A pesquisa destacou quatro principais áreas de benefício:


1. Benefícios físicos e psicológicos

A prática da dança de salão mostrou-se eficaz na melhora de diversos sintomas físicos, incluindo força muscular, resistência, equilíbrio e coordenação. Além disso, os participantes relataram uma redução significativa na fadiga e nos sintomas de depressão, promovendo maior bem-estar psicológico.

Esses benefícios são especialmente importantes, já que a fadiga é um dos sintomas mais debilitantes da EM, impactando diretamente na qualidade de vida dos pacientes. A dança, como uma atividade lúdica e envolvente, proporciona uma maneira prazerosa de se exercitar, ao mesmo tempo em que reduz o impacto da fadiga mental.


2. Apoio social e diversão

Outro fator destacado pelos participantes foi o suporte social proporcionado pela dança. O ambiente social criado durante as aulas favoreceu a interação, promovendo um senso de pertencimento e apoio entre os participantes. Além disso, a dança em pares, seja com parceiros ou amigos, transformou a atividade em uma experiência agradável, o que aumentou a adesão à prática.

O aspecto social é crucial para pessoas com EM, que frequentemente enfrentam isolamento devido às limitações físicas impostas pela doença. A interação social estimulada pela dança não apenas melhora a saúde mental, mas também reforça a motivação para manter-se ativo.


3. Aumento da confiança

A intervenção de dança de salão também foi associada a um aumento da autoconfiança dos participantes. A prática regular ajudou a construir uma percepção mais positiva das habilidades físicas e do bem-estar emocional, permitindo que os indivíduos se sentissem mais confortáveis em situações sociais.

Esse ganho de confiança pode ter um impacto duradouro na vida das pessoas com EM, encorajando-as a experimentar outras formas de atividade física e a se envolver mais em atividades sociais.


4. Facilidade de prática e apoio físico

A dança de salão mostrou-se acessível e bem tolerada pelos participantes. Um dos aspectos positivos destacados foi a possibilidade de contar com a ajuda de parceiros durante momentos de fadiga ou desequilíbrio. Isso proporcionou uma sensação de segurança e tornou a atividade mais inclusiva.

Além disso, a intervenção foi vista como socialmente aceitável, o que contribuiu para aumentar o interesse e a adesão ao programa. A dança, ao ser uma atividade recreativa e culturalmente valorizada, facilita a participação de indivíduos de diferentes faixas etárias e contextos sociais.


Conclusão

A dança de salão se revelou uma intervenção eficaz para promover a atividade física, o bem-estar emocional e o apoio social em pessoas com esclerose múltipla. A prática regular dessa atividade não apenas melhora sintomas físicos e psicológicos, mas também oferece um ambiente acolhedor e motivador, promovendo maior adesão às recomendações de atividade física.


Como intervenção terapêutica, a dança recreativa de salão tem o potencial de transformar a forma como pacientes com EM lidam com a doença, oferecendo uma alternativa acessível e prazerosa para melhorar a qualidade de vida. Com base nos resultados positivos deste estudo, programas de dança de salão poderiam ser amplamente adotados em clínicas e centros de reabilitação como uma abordagem complementar ao tratamento tradicional da esclerose múltipla.


Se você ou alguém que conhece vive com EM, considere a possibilidade de participar de aulas de dança de salão. Além dos benefícios físicos, essa prática oferece momentos de alegria, interação e superação, contribuindo significativamente para uma vida mais saudável e ativa.


Este artigo foi desenvolvido com base em técnicas de SEO, visando oferecer informações relevantes e acessíveis sobre a dança de salão como intervenção para esclerose múltipla.


Referência: Ballroom dancing for people with multiple sclerosis: Perceptions of the experience. Disponível em: <https://read.qxmd.com/read/39687772/ballroom-dancing-for-people-with-multiple-sclerosis-perceptions-of-the-experience?uac=36020MY&ecd=wnl_readjnl_241226&sso=true&redirected=slug>. Acesso em: 8 jan. 2025.


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