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Dieta cetogênica e restrição calórica reduzem envelhecimento biológico em pacientes com esclerose múltipla

  • Foto do escritor: Priscila Emery
    Priscila Emery
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura

As dietas cetogênica e de restrição calórica intermitente demonstraram ser ferramentas promissoras para modular o envelhecimento biológico em pessoas com EMRR
As dietas cetogênica e de restrição calórica intermitente demonstraram ser ferramentas promissoras para modular o envelhecimento biológico em pessoas com EMRR


Uma nova pesquisa apresentada no ACTRIMS Forum 2025 revelou que dietas cetogênicas e restrição calórica intermitente podem reduzir significativamente o envelhecimento biológico em pessoas com esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR). O estudo mostrou que esses padrões alimentares simuladores de jejum conseguem desacelerar os processos metabólicos associados ao envelhecimento precoce comum nessa população.


O Que É o Envelhecimento Biológico?


Diferente da idade cronológica, o envelhecimento biológico é medido por biomarcadores que refletem o estado funcional do organismo. Em pessoas com EMRR, estudos anteriores já demonstraram que esse tipo de envelhecimento costuma ser acelerado, o que está ligado a piores desfechos clínicos e menor qualidade de vida.


Dietas Que Rejuvenescem: O Que Diz o Estudo?


Pesquisadores das universidades de Johns Hopkins e Virgínia analisaram o perfil metabólico de 75 participantes com EMRR que haviam seguido dietas específicas em dois estudos anteriores. O objetivo era verificar se as intervenções dietéticas poderiam reverter a idade metabólica — uma medida precisa do envelhecimento biológico.


Os participantes foram divididos em dois grupos principais:


  • Estudo 1 (8 semanas):

    • Dieta com redução calórica de 22%

    • Restrição calórica intermitente (75% menos calorias duas vezes por semana)

    • Dieta controle sem restrições

  • Estudo 2 (6 meses):

    • Dieta cetogênica modificada (estilo Atkins)


Resultados Surpreendentes: Até -1,12 Anos por Mês


Aqueles que seguiram a dieta cetogênica por 6 meses tiveram uma média de redução de 1,12 anos de idade metabólica por mês, o que mostra um potencial rejuvenescedor altamente eficaz (P = 0.007).


Já o grupo da restrição calórica intermitente mostrou uma redução semanal média de 1,25 anos na idade metabólica (P = 0.04), em comparação com o grupo controle. Isso indica que até mesmo intervenções de curto prazo podem gerar benefícios significativos.


Além disso, participantes com maior idade biológica apresentaram:


  • Redução de células T de memória efetora (associadas à inflamação crônica)

  • Aumento de células CD4 naïve (relacionadas à renovação do sistema imunológico)


Essas alterações celulares são consistentes com uma resposta imunológica mais saudável e jovem, o que reforça o impacto positivo da dieta.


O Que Isso Significa Para Pessoas com EMRR?


A descoberta traz uma nova perspectiva para o manejo da esclerose múltipla, mostrando que mudanças alimentares específicas podem fazer mais do que apenas controlar sintomas — elas podem atrasar o envelhecimento do organismo em nível molecular. Isso se traduz em melhor qualidade de vida, menos inflamação e menor progressão da doença.


Conclusão: Alimentação Como Aliada no Combate ao Envelhecimento na EMRR


As dietas cetogênica e de restrição calórica intermitente demonstraram ser ferramentas promissoras para modular o envelhecimento biológico em pessoas com EMRR. Ao integrar essas estratégias ao tratamento tradicional, é possível oferecer uma abordagem mais completa, preventiva e personalizada.

 
 
 

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Neurologista - CRM 26635 - RQE 15534

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