Exercícios para distúrbios neuromusculares: como manter a força e a mobilidade com segurança

Pessoas com distúrbios neuromusculares, como a doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT), esclerose lateral amiotrófica (ELA) e distrofias musculares, enfrentam desafios físicos progressivos. No entanto, estudos recentes e relatos de pacientes mostram que a prática de exercícios regulares pode ser uma ferramenta essencial para manter a força, a mobilidade e a qualidade de vida.

Segundo especialistas, o exercício é seguro e benéfico para pessoas com distúrbios neuromusculares, desde que seja feito com orientação adequada. No passado, muitos médicos acreditavam que a atividade física poderia agravar essas condições. Mas pesquisas recentes mostram que, quando realizado corretamente, o exercício ajuda a fortalecer os músculos, prevenir rigidez e reduzir dores articulares.

Não existe distúrbio neuromuscular que não possa ser beneficiado pelo exercício. A chave está no equilíbrio. Atividades submáximas, que evitam o esforço extremo, são as mais recomendadas. Isso significa parar antes de atingir o ponto de exaustão muscular, algo crucial para evitar falha muscular – condição em que o músculo deixa de funcionar temporariamente após ser exigido demais.

O exercício ajuda a prevenir contraturas e a manter as articulações mais móveis. Ele recomenda começar com atividades leves, como alongamentos, caminhada ou exercícios aquáticos, e progredir lentamente conforme a tolerância do paciente.

Para quem tem ELA ou distrofias musculares, o exercício também traz benefícios. Embora não aumente a sobrevida na ELA, pode melhorar a qualidade de vida e proporcionar mais autonomia. Já nas distrofias musculares, exercícios leves e planejados ajudam a manter a funcionalidade por mais tempo.

Os programas de treino devem ser individualizados, levando em conta os objetivos, limitações e preferências de cada pessoa. Muitos pacientes se beneficiam de sessões com fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais especializados, que podem ajudar a montar uma rotina segura para ser feita em casa ou na academia.

O importante é manter-se em movimento, mesmo com recursos simples.

Sua motivação é manter a autonomia o máximo possível, mesmo sabendo que a condição pode evoluir com o tempo. Ela acredita que, com dedicação, pode adiar limitações significativas por muitos anos.

Exercitar-se com segurança é possível para quem tem distúrbios neuromusculares. Com orientação médica, foco em exercícios leves e consistência, é possível manter a força, reduzir a dor e viver com mais qualidade.