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Idade de início da Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente está aumentando com o tempo

  • Foto do escritor: Priscila Emery
    Priscila Emery
  • 30 de jul.
  • 2 min de leitura

Estudo revela tendência crescente na idade dos primeiros sintomas da EMRR



Idade de início da Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente está aumentando com o tempo
Idade de início da Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente está aumentando com o tempo

A esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR) é a forma mais comum da doença, caracterizada por períodos de surtos e remissões. Tradicionalmente, os primeiros sintomas surgem entre os 20 e 40 anos. No entanto, um novo estudo revelou que essa faixa etária tem se elevado de forma significativa ao longo das últimas cinco décadas.


Essa mudança no perfil etário de início da EMRR pode ter implicações importantes no diagnóstico, tratamento e qualidade de vida dos pacientes. A seguir, vamos entender os principais resultados da pesquisa e o que eles significam para o futuro do cuidado com a esclerose múltipla.


Como o estudo foi conduzido


A pesquisa analisou dados de 1.622 pacientes diagnosticados com EMRR entre 1970 e 2019. A amostra foi dividida em cinco grupos, conforme a década de aparecimento dos primeiros sintomas da doença. O objetivo foi identificar se houve variação significativa na idade de início da EMRR ao longo do tempo.


Para garantir a precisão dos resultados, foram excluídos da análise final os pacientes com doença de início precoce (menores de 18 anos) e aqueles com início tardio (acima dos 50 anos). Isso permitiu avaliar de forma mais clara as mudanças no perfil médio de idade dos pacientes.


Aumento progressivo na idade de início da esclerose múltipla


Os dados revelaram uma tendência clara: a idade média dos primeiros sintomas aumentou continuamente nas últimas décadas. Veja a média por período:


  • 1970 a 1979: 23,79 anos

  • 1980 a 1989: 27,86 anos

  • 1990 a 1999: 30,07 anos

  • 2000 a 2009: 32,12 anos

  • 2010 a 2019: 34,28 anos


Após excluir casos extremos de início precoce e tardio, a média também cresceu significativamente, indo de 28,38 anos na década de 70 para 33,37 anos na década de 2010. Esse aumento progressivo foi estatisticamente relevante, indicando que a tendência é real e não fruto do acaso.


O que pode explicar esse aumento?


Ainda não há uma resposta definitiva para essa mudança, mas os pesquisadores levantam algumas hipóteses. Entre elas, estão:


  • Melhor diagnóstico e acesso à saúde, o que pode fazer com que a doença seja identificada com mais precisão em faixas etárias diferentes.

  • Mudanças no estilo de vida e fatores ambientais, que podem influenciar o aparecimento da EM em idades mais avançadas.

  • Evolução nos critérios diagnósticos, como a adoção dos critérios de McDonald, que facilitaram a identificação da doença em fases mais tardias.


Essas possíveis explicações indicam que o envelhecimento da população, a medicina preventiva e o avanço das tecnologias de diagnóstico também podem estar influenciando esses resultados.


Por que esse dado é relevante?


Compreender as mudanças no perfil de início da esclerose múltipla é essencial para adaptar estratégias de diagnóstico, tratamento e acolhimento dos pacientes. O aumento da idade no início da EMRR mostra que a doença não está restrita apenas aos jovens adultos e que a atenção à saúde neurológica deve se estender a outras faixas etárias.


Para pacientes, familiares e profissionais da saúde, essa informação reforça a importância de reconhecer os sintomas da EM mesmo após os 30 anos. A detecção precoce continua sendo uma das principais aliadas para controlar o avanço da doença e melhorar a qualidade de vida.

 
 
 

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Neurologista - CRM 26635 - RQE 15534

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