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Como reduzir o risco de quedas em idosos?

  • Foto do escritor: Priscila Emery
    Priscila Emery
  • 7 de out.
  • 3 min de leitura
As quedas não são uma consequência inevitável do envelhecimento — elas podem ser prevenidas com atenção e cuidado.
As quedas não são uma consequência inevitável do envelhecimento — elas podem ser prevenidas com atenção e cuidado.

As quedas são uma das principais causas de lesões graves em pessoas acima dos 65 anos. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), mais de 14 milhões de idosos sofrem pelo menos uma queda por ano.O risco é ainda maior entre pessoas com demência ou doença de Parkinson, que enfrentam alterações cognitivas e motoras capazes de comprometer o equilíbrio e a atenção.


Por que as quedas são tão perigosas


Uma queda pode parecer algo simples, mas em idosos, ela pode resultar em fraturas de quadril, traumatismo craniano e até mesmo em declínio cognitivo acelerado.Estudos recentes publicados na JAMA Network Open Geriatrics mostraram que pessoas idosas que caem têm 21% mais risco de desenvolver demência no futuro.


Segundo o neurologista Dr. Frederick Marshall, da Universidade de Rochester, “a queda é um marcador de envelhecimento, e o próprio envelhecimento é o maior preditor de demência”.Além disso, quedas repetidas costumam gerar medo, isolamento social e perda de autonomia, fatores que reduzem a qualidade de vida e impactam diretamente a saúde mental.


Principais fatores de risco para quedas


Diversos fatores aumentam o risco de quedas, especialmente em pessoas com declínio cognitivo, demência ou Parkinson. Entre eles estão:


  • Fraqueza muscular e falta de equilíbrio.

  • Alterações cognitivas, que dificultam a percepção do ambiente.

  • Problemas de visão e audição.

  • Medicamentos que causam tontura, sonolência ou hipotensão.

  • Ambientes desorganizados ou com pouca iluminação.


De acordo com a gerontóloga Dra. Barbara Resnick, medicamentos para pressão arterial, ansiolíticos, antidepressivos e relaxantes musculares estão entre os que mais aumentam o risco de quedas, pois reduzem o estado de alerta e afetam a coordenação.


Como prevenir quedas e manter a segurança


A boa notícia é que muitas quedas podem ser prevenidas com pequenas mudanças no estilo de vida e no ambiente.Veja as principais estratégias recomendadas por especialistas:


1. Pratique exercícios regularmente


Atividades físicas como treino de equilíbrio, força e resistência ajudam a melhorar a estabilidade e a mobilidade.Um estudo publicado na Cochrane Review mostrou que programas de exercícios voltados à marcha e equilíbrio reduzem o risco de quedas em até 24%.Peça ao seu médico um encaminhamento para fisioterapia personalizada, especialmente se houver limitação física.


2. Adapte sua casa para evitar acidentes


Remova objetos que possam causar tropeços, como tapetes soltos e fios elétricos.Instale barras de apoio no banheiro, use tapetes antiderrapantes e adicione luzes noturnas nos corredores.Uma avaliação de segurança domiciliar feita por um enfermeiro ou fisioterapeuta pode identificar riscos ocultos e é coberta pelo Medicare Parte B, quando solicitada pelo médico.


3. Revise seus medicamentos


Alguns remédios podem causar tontura ou sonolência. Faça uma revisão anual com seu médico ou farmacêutico para ajustar as doses ou substituir medicamentos que aumentam o risco de quedas.


4. Use calçados adequados


O Instituto Nacional sobre o Envelhecimento recomenda sapatos de sola de borracha, antiderrapantes e de salto baixo.Evite andar descalço, de meias ou chinelos, pois isso mais do que dobra o risco de quedas.


5. Cuide da visão e audição


Consultas regulares ao oftalmologista e ao otorrino ajudam a detectar alterações precoces que comprometem o equilíbrio e a percepção do ambiente.Use sempre seus óculos e aparelhos auditivos, se necessário.


6. Utilize dispositivos assistivos


Bengalas, andadores e outros dispositivos podem fazer toda a diferença. O importante é usá-los corretamente, com orientação de um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional.


7. Informe seu médico sobre qualquer queda


Mesmo uma queda aparentemente leve deve ser relatada. Isso permite que o médico investigue problemas neurológicos, cardiovasculares ou cognitivos que possam estar por trás do desequilíbrio.


Conclusão


As quedas não são uma consequência inevitável do envelhecimento — elas podem ser prevenidas com atenção e cuidado.A combinação de exercício físico, ambiente seguro, revisão de medicamentos e acompanhamento médico reduz drasticamente o risco de acidentes.Para pessoas com demência, Parkinson ou outros distúrbios neurológicos, essas medidas são ainda mais essenciais para manter a autonomia e a qualidade de vida.



 
 
 

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