Exercício em casa é tão eficaz quanto treino em clínica para pacientes com Esclerose Múltipla

Treinar em casa é seguro e eficaz para quem vive com esclerose múltipla

Estudo de Fase 3 confirma: treinar em casa é seguro e eficaz para quem vive com EM

Um novo estudo clínico de fase 3, apresentado na Reunião Anual do Consórcio de Centros de Esclerose Múltipla (CMSC) 2025, trouxe uma ótima notícia para quem convive com esclerose múltipla (EM): exercícios supervisionados feitos em casa são tão eficazes quanto os realizados em clínicas.

Essa descoberta reforça que a atividade física domiciliar pode ser uma opção segura, acessível e eficiente para preservar a mobilidade e qualidade de vida desses pacientes, especialmente para aqueles com limitações de deslocamento.

Exercício físico adaptado: o que o estudo descobriu

O estudo STEP, conduzido em oito centros dos Estados Unidos, comparou dois programas de exercícios para pessoas com EM e dificuldades leves de locomoção. Os participantes foram divididos em dois grupos:

• GEMS-F: exercício supervisionado em clínica;

• GEMS-H: exercício supervisionado em casa.

  
  

Ambos os programas seguiram as Diretrizes de Exercício para Esclerose Múltipla (GEMS) e incluíram atividades aeróbicas e de resistência.

Os resultados foram avaliados em duas fases — após 16 semanas e após 52 semanas — com base em testes de caminhada, escalas de incapacidade e autoavaliações funcionais. Em todos os critérios avaliados, os resultados entre os grupos foram equivalentes.

Melhora em 16 semanas, mas manutenção do progresso ainda é um desafio

Tanto o grupo que treinou em casa quanto o que frequentou clínicas apresentou melhora significativa na capacidade de caminhar, confirmada pelo teste de caminhada de 25 pés (T25FW) e pelo teste de caminhada de 6 minutos (6MWT).

Porém, parte dos ganhos obtidos nas 16 primeiras semanas foi reduzida até a 52ª semana. Isso indica que a manutenção dos resultados a longo prazo ainda representa um desafio, mesmo com programas eficazes.

Exercício em casa: mais conforto, mais autonomia

Além da eficácia, o programa domiciliar mostrou-se mais acessível e confortável para os pacientes, segundo os pesquisadores. Como explicou a Dra. Deborah Backus, uma das autoras do estudo, treinar em casa pode melhorar a adesão e eliminar barreiras logísticas e financeiras comuns na reabilitação tradicional.

Outros especialistas também destacaram os benefícios de segurança, conveniência e economia dos exercícios realizados no lar, desde que supervisionados por profissionais qualificados.

Resultados reforçam diretrizes para reabilitação em EM

Com mais de 370 pacientes acompanhados, o estudo oferece uma base de evidência robusta para incluir exercícios domiciliares nas diretrizes clínicas de tratamento da EM. Apesar da pandemia de COVID-19 ter impactado o retorno às avaliações presenciais e causado algumas desistências, os resultados se mantiveram consistentes entre os grupos.

É importante destacar que não houve eventos adversos graves em nenhum dos grupos, reforçando a segurança do protocolo em ambos os ambientes.

Movimento é tratamento – onde for possível

Para quem vive com esclerose múltipla, manter-se ativo é essencial para preservar a mobilidade e retardar a progressão da doença. Este estudo mostra que exercitar-se em casa, com o suporte correto, é uma alternativa eficaz e segura.

Se você tem EM, converse com seu neurologista ou fisioterapeuta sobre programas de exercícios personalizados, que podem ser adaptados à sua realidade — seja em casa ou em uma clínica. Afinal, o melhor exercício é aquele que você consegue manter ao longo do tempo.

Se quiser, posso adaptar esse texto para um blog, rede social ou email marketing voltado para pacientes ou profissionais de saúde. Deseja alguma dessas versões?