top of page

Diferenças entre homens e mulheres na Cefaleia em Salvas: o que revela o maior estudo sueco

  • Foto do escritor: Priscila Emery
    Priscila Emery
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura


A cefaleia em salvas, conhecida por ser uma das dores de cabeça mais intensas que existem, afeta homens e mulheres de forma diferente
A cefaleia em salvas, conhecida por ser uma das dores de cabeça mais intensas que existem, afeta homens e mulheres de forma diferente



A cefaleia em salvas, conhecida por ser uma das dores de cabeça mais intensas que existem, afeta homens e mulheres de forma diferente — e um estudo sueco recente lança luz sobre essas distinções. Com base na maior amostra validada de pacientes com diagnóstico de cefaleia em salvas até hoje, essa pesquisa investigou diferenças entre os sexos em aspectos clínicos, tratamento e fatores de estilo de vida. Os resultados são reveladores e têm implicações diretas para o diagnóstico e o manejo da doença.


Mulheres com cefaleia em salvas: um quadro mais grave?


Embora a cefaleia em salvas tenha sido historicamente considerada uma condição predominante em homens, este estudo mostra que mulheres podem apresentar um fenótipo mais severo da doença. Das 874 pessoas analisadas, 34% eram mulheres, e elas foram mais frequentemente diagnosticadas com a forma crônica da cefaleia em salvas (18% contra 9% em homens). Além disso, os episódios dolorosos em mulheres tendem a durar mais tempo.


Essa severidade também se reflete no uso mais frequente de tratamentos profiláticos entre mulheres (60% contra 48% entre homens), indicando a necessidade de estratégias terapêuticas mais agressivas no sexo feminino.


Sintomas e padrões de ataque variam por sexo


Além da diferença na forma clínica da doença, o estudo revelou variações marcantes nos sintomas associados. As mulheres relataram com maior frequência ptose (queda da pálpebra) e inquietação durante as crises, sintomas que podem ser cruciais para o diagnóstico precoce.


Outro ponto importante é a ritmicidade diurna dos ataques — ou seja, a ocorrência em horários específicos do dia. Esse padrão foi observado em 74% das mulheres, contra 63% dos homens. Esse dado reforça a importância do relógio biológico na manifestação da cefaleia em salvas, especialmente nas pacientes do sexo feminino.


Fatores desencadeantes também variam


Os gatilhos das crises também mostram diferenças de acordo com o sexo. O álcool foi mais frequentemente reportado como fator desencadeante por homens (54% contra 48%), enquanto a privação de sono foi mais citada por mulheres (31% contra 20%). Esses dados sugerem que o aconselhamento sobre hábitos e estilo de vida deve ser adaptado de acordo com o sexo do paciente.


Histórico familiar e predisposição genética


Curiosamente, as mulheres também relataram com mais frequência um histórico familiar positivo para cefaleia em salvas (15% contra 7%). Isso pode indicar maior influência genética entre as pacientes do sexo feminino, o que levanta novas questões sobre a base hereditária da doença.


Implicações para o tratamento personalizado


Compreender essas diferenças entre homens e mulheres com cefaleia em salvas é fundamental para desenvolver abordagens de tratamento mais eficazes e personalizadas. O reconhecimento precoce da forma crônica, a atenção aos sintomas específicos do sexo e o manejo individualizado de gatilhos podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.


Conclusão


O estudo sueco destaca que a cefaleia em salvas não é uma condição exclusivamente masculina e que mulheres apresentam um perfil clínico distinto, mais severo e com necessidades terapêuticas específicas. Profissionais de saúde devem estar atentos a essas diferenças para garantir um diagnóstico correto e um tratamento eficaz.



 
 
 

コメント


Neurologista - CRM 26635 - RQE 15534

CONTATO

(31) 3213-3022  |  (31) 99917-3022

Av. Professor Alfredo Balena, 189 SL 1708
Santa Efigênia,  Belo Horizonte - MG.

  • Instagram

© 2024 Site Dr. Paulo Christo   |   Todos os direitos reservados   |    Desenvoldido por Dinamizze

bottom of page