Novas diretrizes para Esclerose Múltipla destacam biomarcadores e cuidados em faixas etárias ampliadas
- Priscila Emery
- há 5 horas
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O Consortium of Multiple Sclerosis Centers (CMSC) lançou recentemente um conjunto de diretrizes atualizadas para o manejo da esclerose múltipla (EM), incluindo temas como biomarcadores, classificação por idade e recomendações de vacinação.
Essas diretrizes refletem os avanços na compreensão da EM e no monitoramento da doença de forma personalizada.
Biomarcadores e diagnóstico refinado
Uma das grandes inovações dessas diretrizes é a ênfase na utilização de biomarcadores para rastrear atividade e progressão da EM. Agora, clínicos podem contar não apenas com os exames de imagem e clínicos clássicos, mas também com métricas moleculares que ajudam a avaliar:
atividade inflamatória residual;
resposta ao tratamento;
risco de progressão para incapacidade.
Isso significa que o cuidado da EM se torna mais preciso e adaptado ao perfil de cada paciente — um avanço importante para um tratamento verdadeiramente individualizado.
Envelhecimento e EM: atenção ampliada a pacientes mais velhos
As novas diretrizes também chamam atenção para o manejo da EM em adultos mais velhos e em crianças. Destacam-se orientações específicas para:
avaliação de comorbidades comuns em idades mais avançadas;
impacto do envelhecimento sobre a doença e sobre tratamentos modificadores;
cuidados adaptados para a transição de pediatria a adulto, garantindo continuidade no tratamento e monitoramento.
Essa abordagem reconhece que a EM não afeta somente adultos jovens, e que as necessidades terapêuticas mudam conforme a idade e a trajetória da doença.
Vacinação e segurança: mitos esclarecidos
Outra parte essencial das novas diretrizes envolve vacinação em pacientes com EM. O documento reafirma que:
vacinas são recomendadas para pessoas com EM,
não há evidência de que vacinas aumentem a atividade da doença.
No entanto, pacientes com sistema imune comprometido por tratamentos modificadores devem evitar vacinas de vírus vivo, conforme avaliação médica.
O que essas diretrizes significam para você
Se você convive com EM ou tem acompanhamento neurológico, estas orientações trazem benefícios concretos:
Monitoramento mais abrangente: além de exames neurológicos e imagem, o neurologista pode utilizar biomarcadores para verificação mais sensível da doença.
Cuidado adaptado por faixa etária: se você é mais velho ou foi diagnosticado na infância/adolescência, o tratamento e os cuidados podem ser ajustados de acordo com seu perfil específico.
Diálogo claro com o médico: entender que vacinas são seguras e importantes ajuda a reduzir ansiedade sobre imunização e doenças infecciosas.
Tomada de decisão mais informada: os pacientes participam ativamente, junto ao médico, da escolha do tratamento mais adequado ao seu estilo de vida, comorbidades e meta de qualidade de vida.
Conclusão
As novas diretrizes da CMSC para esclerose múltipla marcam um passo significativo em direção a um modelo de cuidado mais personalizado, científico e centrado no paciente. Ao incorporar biomarcadores, adaptar cuidados às diferentes etapas da vida e reforçar a importância da vacinação, esse documento propõe uma abordagem moderna para a EM.
Se você vive com EM ou tem alguém próximo com essa condição, vale conversar com seu neurologista sobre como essas mudanças podem se aplicar ao seu plano de tratamento — porque conhecer é primeiro passo para se cuidar melhor.




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