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Ocrelizumabe em doses maiores pode reduzir a progressão da Esclerose Múltipla Recorrente

  • Foto do escritor: Priscila Emery
    Priscila Emery
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura


Segundo dados apresentados no ACTRIMS Forum 2025, doses mais altas do medicamento demonstraram melhor eficácia sem aumento significativo no risco de infecções graves
Segundo dados apresentados no ACTRIMS Forum 2025, doses mais altas do medicamento demonstraram melhor eficácia sem aumento significativo no risco de infecções graves



Um novo estudo de longo prazo trouxe evidências importantes sobre o uso de ocrelizumabe no tratamento da esclerose múltipla (EM) recorrente, especialmente quanto ao seu impacto na progressão da incapacidade. Segundo dados apresentados no ACTRIMS Forum 2025, doses mais altas do medicamento demonstraram melhor eficácia sem aumento significativo no risco de infecções graves, indicando um perfil de benefício-risco mais favorável.


O que é o Ocrelizumabe?


O ocrelizumabe é um anticorpo monoclonal que atua na depleção seletiva de células B, associadas ao processo inflamatório na esclerose múltipla. Ele já é utilizado amplamente no tratamento da EM recorrente, mas agora estudos estão revelando que doses mais elevadas podem oferecer ainda mais benefícios.


Doses mais altas reduzem a progressão da incapacidade


Durante o acompanhamento de 10 anos, pacientes com maior exposição ao ocrelizumabe apresentaram redução significativa no risco de progressão da incapacidade. Os resultados mostraram que 84,5% dos pacientes com maior concentração média de ocrelizumabe permaneceram livres de progressão da incapacidade confirmada por 48 semanas, em comparação com 73,9% dos que receberam doses menores.


Esses dados indicam que doses mais altas podem proporcionar uma proteção mais eficaz a longo prazo contra o avanço da doença.


Segurança mantida ao longo do tempo


Um dos maiores receios ao aumentar a dosagem de medicamentos imunossupressores é o risco de infecções graves. No entanto, os estudos demonstraram que a taxa de infecções graves permaneceu estável entre o primeiro e o décimo ano de tratamento, independentemente da dose utilizada (variando entre 1,40-2,67 por 100 pacientes-ano).


Além disso, os níveis de imunoglobulina G (IgG) — que ajudam na defesa imunológica — permaneceram dentro de parâmetros aceitáveis, mesmo com o uso contínuo de ocrelizumabe em concentrações mais altas.


Atividade de recidiva e volume cerebral estáveis


Outro dado positivo foi a baixa taxa de recidivas após 10 anos de tratamento com ocrelizumabe, independentemente da dose (ARR entre 0,02 e 0,05 por ano). A perda de volume cerebral, um indicador de neurodegeneração, também foi comparável ao envelhecimento normal, reforçando a eficácia e segurança do tratamento ao longo do tempo.


Estudos adicionais estão em andamento


Embora os resultados até agora sejam promissores, ensaios clínicos adicionais, como o MUSETTE e o GAVOTTE, estão em andamento para confirmar a eficácia e segurança das doses mais altas de ocrelizumabe. Esses estudos ajudarão a estabelecer diretrizes mais específicas para o uso prolongado do medicamento em diferentes perfis de pacientes com EM.


Conclusão


Para pessoas com esclerose múltipla do tipo recorrente, o uso de ocrelizumabe em doses mais altas surge como uma alternativa eficaz e segura para reduzir o risco de progressão da incapacidade, sem comprometer a imunidade do paciente. A decisão sobre a dosagem ideal deve sempre ser feita em conjunto com o neurologista, considerando o histórico clínico e o perfil individual de cada paciente.



 
 
 

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