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Pensamento negativo repetitivo pode aumentar o risco de demência, indica estudo

  • Foto do escritor: Priscila Emery
    Priscila Emery
  • 5 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de jun.


 Estudos mostram que pensamento negativo repetitivo pode estar diretamente ligado ao declínio cognitivo acelerado
 Estudos mostram que pensamento negativo repetitivo pode estar diretamente ligado ao declínio cognitivo acelerado


Um novo estudo revela que o pensamento negativo repetitivo pode estar diretamente ligado ao declínio cognitivo acelerado e ao aumento do risco da doença de Alzheimer, o tipo mais comum de demência. A pesquisa, liderada pela Dra. Natalie Marchant da University College London (UCL), analisou 292 pessoas com mais de 55 anos e descobriu que padrões de pensamento negativos, como preocupação constante e ruminação, estão associados ao acúmulo de proteínas no cérebro e à perda de memória.


O que é pensamento negativo repetitivo?


Esse padrão mental envolve preocupações persistentes com o futuro e ruminações sobre o passado. Trata-se de pensamentos que parecem incontroláveis e que são comuns em condições como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Segundo os pesquisadores, esse tipo de pensamento pode ser o "ingrediente ativo" por trás da ligação entre problemas de saúde mental e o desenvolvimento da demência.


Estudo revela ligações com Alzheimer


Durante quatro anos, os pesquisadores monitoraram a função cognitiva dos participantes, avaliando memória, atenção, linguagem e raciocínio espacial. Aqueles com maior tendência a pensamentos negativos repetitivos apresentaram:


  • Maior declínio cognitivo geral

  • Piora significativa na memória – um dos primeiros sinais do Alzheimer

  • Acúmulo de proteínas tau e amiloide, marcadores clássicos da doença de Alzheimer


Enquanto sintomas de depressão e ansiedade também foram associados ao declínio cognitivo, eles não mostraram a mesma correlação com esses marcadores cerebrais específicos.


Como pensamentos negativos afetam o cérebro?


Biologicamente, pensamentos negativos persistentes estão ligados ao estresse crônico, que pode elevar a pressão arterial e os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Esse estado prolongado de tensão pode danificar tanto o corpo quanto o cérebro. Isso fortalece a hipótese da “Dívida Cognitiva”, proposta pela Dra. Marchant, que sugere que o estresse mental acumulado pode cobrar um preço no funcionamento cognitivo com o passar do tempo.


É possível reduzir o risco?


Embora ainda sejam necessárias mais pesquisas, o estudo aponta que o pensamento negativo repetitivo pode ser tratado com abordagens como:


  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

  • Mindfulness (atenção plena)

  • Técnicas de respiração e relaxamento


Além disso, hábitos saudáveis como manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos e permanecer socialmente ativo são fortemente associados à redução do risco de demência.


Cuide da mente hoje para proteger o cérebro amanhã


Mesmo que ainda não exista uma cura para a demência, esse estudo reforça a importância de cuidar da saúde mental como forma de prevenção cognitiva. Se você ou alguém próximo sofre com pensamentos negativos frequentes, procurar ajuda psicológica pode fazer mais do que melhorar o bem-estar atual — pode também preservar a saúde cerebral a longo prazo.

 
 
 

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Neurologista - CRM 26635 - RQE 15534

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